Arnica Montana Homeopatia

Arnica Montana Homeopatia

Arnica montana

pelo Dr. Carlos Melo.

ESTUDO PSICODINÂMICO DE ARNICA


arnica montanha homeopatia

Nome comum: Betônia das Montanhas.

Planta: A Arnica Montana é uma planta herbácea perene, de mais ou menos 70 cm de altura, da família das Compostas.

 

Ela cresce nas montanhas européias e americanas, mas começa a ser muito rara como espontânea, e é por isso protegida em numerosos países.

 

Toda a planta tem valor farmacêutico, porém é tóxica devido à colesterina vegetal – arnicina. Na preparação do medicamento, utiliza-se a planta inteira no momento da floração.

 

 
 

Ação geral do medicamento Betônia das Montanhas:

 

Sobre os músculos e tecido celular – sua influência sobre a fibra muscular determina transtornos circulatórios em artérias e capilares.

 

Sobre os vasos sanguíneos, sobretudo nos capilares, possibilita o extravasamento sanguíneo. Produz estados semelhantes a contusão ou traumatismo, sendo útil para os casos em que um traumatismo, ainda que curado, parece ser o motivo de um mal atual.

 

Indicado para casos de contusão ou sobrecarga de um órgão de um órgão, esforços musculares; o corpo e todos os membros doem como se tivessem sido golpeados; a cama parece dura.

 

 

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Agitação de Arnica: O paciente se move porque está dolorido, porque a cama lhe parece dura e melhora movendo-se.

 

 

Betônia das Montanhas Sintomas gerais:

É o principal remédio dos traumatismos, contusões e golpes, especialmente de partes moles,em geral acompanhados de extravasamento de sangue, de cor habitualmente roxo-azulado. Consequências imediatas ou distantes, locais ou gerais de traumatismos mesmo leves.

 

Torceduras, fraturas, esforços exagerados ou prolongados, físicos ou mentais; transtornos por esforço dos músculos e tendões, ou levantar peso.

 

Sensação de o corpo ter sido golpeado; não pode tolerar a dor.

 

Pode acelerar a reabsorção dos hematomas e prevenir a supuração.

 

Hemorragias, hematomas, equimoses. Estase venosa, varizes, trombose. Inflamação dos vasos sangüíneos.

 

Os indivíduos são pletóricos, hipersensíveis e temem ser golpeados.

 

Furúnculos recorrentes; pequenos, dolorosos, um após outro.

 

Não deve ser usado externamente quando há lesão na pele.

 

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Modalidades:

 

Lateralidade: esquerda superior, direita inferior

 

Agravação:

  • Mais leve toque; teme ser tocado
  • Frio úmido
  • Repouso
  • Vinho
  • Injúrias
  • Após parto

 

Melhoria:

 

  • Movimento
  • Tempo claro e limpo
  • Deitado com a cabeça mais baixa que os pés

 

Causalidades:

  • Traumatismos
  • Susto
  • Cólera
  • Excessos sexuais
  • Perdas
  • Perdas financeiras

 

Sintomas Particulares:

 

A cabeça está quente e o nariz e o resto do corpo frio, sobretudo nos calafrios e na febre.

 

Epistaxe por esforço, por acesso de tosse.

Hálito podre como ovos podres. O odor repugnante é um indício de Arnica (Nash).

 

Febre intermitente: tifóide; séptica; reumática. Com calafrios e vermelhidão de uma bochecha.

 

Flatos com cheiro de ovo podre; de posições ofensivas, involuntárias e também durante o sono.

 

Afonia depois de falar muito.

 

Gengivas inchadas e doloridas durante a dentição.

 

Diplopia por traumatismo, hemorragia na retina.

 

Os movimentos do feto são muito dolorosos e a despertam de noite; parece estar atravessado. Vômitos da gravidez.

 

Perda de apetite durante o dia e fome canina antes da meia noite.

 

Constante desejo de beber, mas não se sabe o que, todas as bebidas são ofensivas. Sede durante a febre.

 

Desejos e aversões

 

  • Desejo de Whisky
  • De vinagre
  • Aversão ao leite
  • Aversão a carne
  • Aversão ao caldo

 

 

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ESTUDO PSICODINÂMICO DE ARNICA MONTANA

 

Arnica montana pólo é servil, quer ajudar os outros, autoritária, fala em voz de comando, muito alegre e tenta passar esta alegria para o ambiente onde está, diz que não está doente, que não precisa de médico, nem remédio.

 

No outro pólo sente-se inútil, preguiçosa, muito vulnerável, machucada, como se fossem tirar sua pele, sua imunidade. Sente-se amarrada, sem forças e que sua conduta é censurada, torna-se reticente.

 

Não é bom para nada (inútil)

Sabe tudo melhor que todos

Sente-se impedido de fazer

Faz grandes trabalhos

Preguiça para as ocupações

Superocupado

Febre pútrida, gosto de podre

Vivacidade fora do comum

Não consegue usar os braços

Imperioso, dá ordens

Conduta moral censurada

Ri facilmente

Reticente, sente golpes

Quer brigar com todos

Equimoses por emoções

Dogmático

Sonha com pele esfolada

Humor desdenhoso

Sonha com pancada

Contradiz

Se sente machucado

Ninguém lhe ensina nada

Não suporta seu corpo

Não quer ouvir ninguém

Sem esperança

Alegre, tagarela

Sonha sendo atingido por raio

Humor grosseiro

Pele rachada nas dobras

Aversão a compaixão

Contundido

Amarrado

Dor paralisante

Perda das forças

 

1-46 HE - SENTE QUE NÃO É BOM PARA NADA.

 

Aqui está o sentimento de inutilidade. Trata-se de um desprezo por si mesmo.

 

620 HA - INQUIETAÇÃO DO CORPO E DA MENTE, COMO SE FOSSE IMPEDIDO DE FAZER UMA COISA NECESSÁRIA.

 

Quem se sente impedido de fazer uma coisa necessária vai terminar sentindo-se Inútil.

 

660 AL - SENTE QUE NÃO CONSEGUE USAR OS SEUS BRAÇOS.

 

Quem não consegue usar os braços pode sentir-se um inútil.

 

621 HÁ - TODO TRABALHO O ABORRECE. PREGUIÇA PARA TODAS AS OCUPAÇÕES.

 

622 HÁ - INDIFERENTE AO TRABALHO, INDIFERENTE A TUDO.

 

556 HÁ - UM SONHO QUE PERMANECE A NOITE TODA NO QUAL SEMPRE É CENSURADO E COM REPROVAÇÕES VERGONHOSAS A RESPEITO DA SUA CONDUTA IMORAL.

 

Quem é íntegro apresenta uma boa conduta moral.

 

883 AL - SONHO COM OBJETOS ASSUSTADORES, SENDO ATINGIDO POR UM RAIO, TÚMULOS, ETC.

 

1-34 HE - MEDO QUE ALGUÉM VENHA CHOCAR-SE CONTRA ELA E ATÉ TOCÁ-LA.

 

568 HÁ - SONHA COM COISAS ASSUSTADORAS, COM PANCADAS LEVES, SEPULTURAS, ETC.

 

A sepultura é uma prisão.

 

569 Há - SONHA COM PESSOAS QUE ESTÃO SENDO ESFOLADAS.

 

637 Há - MEDO ANSIOSO DO MAL QUE ESTÁ POR VIR.

 

638 Há - FALTA DE ESPERANÇA.

 

16 AL - HORROR À MORTE IMINENTE.

 

90 AL - MEDO DE CAIR.

 

Ainda não consta no Repertório.

 

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626 Ha - MUITO MAL-HUMORADA E RETICENTE, NÃO QUER DIZER UMA PALAVRA.

Aqui evita, resiste entrar em choque, retira-se do campo de batalha.

 

191 Ha - DEPOIS DO JANTAR ELA CHORA, ESTÁ MAL-HUMORADA, NÃO QUER OUVIR NINGUÉM.

 

625 Ha - HIPERSENSIBILIDDE, PODERIA RIR FACILMENTE QUANDO NÃO É O MOMENTO PARA ISTO, É QUANDO ALGUÉM LHE DIZ ALGUMA COISA ABORRECEDORA TORNA-SE RAIVOSA E EXPLODE EM ALTOS UIVOS.

 

Aqui a integridade dela foi atingida no pólo negativo, já no positivo ela ri e está sempre alegre.

 

Arnica montana gosta de isolar-se para não ouvir ninguém. esta rubrica ainda não existe ainda. Arnica Montana é reticente, resistente, por um lado e por outro quer companhia para conversar.

 

510 Ha - COMO SE TUDO NO SEU CORPO ESTIVESSE FORTEMENTE APERTADO, AMARRADO.

 

Arnica montana Amarra-se no marido. Encontrei muitas pacientes Arnica montana casadas com Petroleum um desastre, Petroleum quando bebe machuca, dá pancadas na mulher.

 

Arnica montana diz: prefiro apanhar de verdade do que apanhar da vida, machuca muito mais um relacionamento ruim do que uma surra. Arnica Montana busca uma coluna vertebral que julga não sustentá-la.

 

205 Ha - NA REGIÃO DO EPIGÁSTRIO SENTE COMO SE TIVESSE ALGO AMARRANDO.

 

A região mais sensível de Arnica montana é o epigástrio. O que quis acentuar neste sintoma foi a questão do amarrado.

 

Ele se sente amarrado no pescoço, no epigástrio e vamos ver que também na região dos rins. no pólo negativo sente-se amarrado, preso, ele mesmo se amarra. no pólo positivo busca a liberdade. não deixem de ver o filme "a cor púrpura" e conhecerão uma Arnica Montana no pólo negativo. ela apresenta dois momentos do pólo positivo, logo no início do filme e no final. no início está alegre, depois fica muito mal e no final dá o "grito de liberdade".

 

 

388 Ha - ESPINHA DOLOROSA COMO SE NÃO SUPORTASSE O CORPO.

 

Arnica montana como não consegue suportar seu corpo, busca um suporte, pode escorar-se no esposo, dá para confundir com Pulsatilla.

 

400 Ha - OS BRAÇOS ESTÃO CANSADOS, COMO QUE MACHUCADOS, POR ISTO NÃO CONSEGUE FLEXIONAR OS DEDOS.

 

238 Há - DISTENSÃO DURA NA REGIÃO DIREITA DO ABDOME, DOLOROSA QUANDO ESTÁ EM REPOUSO, COMO UMA SENSIBILIDADE INTERNA, QUANDO TOSSE, QUANDO ASSOA O NARIZ, QUANDO DÁ PASSADAS SENTE COMO SE ESTIVESSE CONTUNDIDO, DILACERADO OU CORTADO EM PEDAÇOS.

 

 

Arnica Montana passa a ideia de cortado, machucado. É assim que se sente pela vida. "Amélia, a mulher de verdade".

 

 

44 Há - SENTE COMO SE O SANGUE TIVESSE EXTRAVASADO NA TESTA.

 

O AVC hemorrágico acontece com indivíduos Arnica montana. É um dos remédios hemorrágicos. Parece que o paciente já tem consciência de que isto pode acontecer com ele.

 

Temos que tratar o medo, porque do contrário pode acontecer com o paciente aquilo que ele teme. Alguns dizem, isto acontece porque ele fica pensando negativamente.

 

Aquilo que o indivíduo "acha" leva ao "medo" e acaba "acontecendo", isto pode aparecer em qualquer patogénesia, é como uma regra geral.

 

100 Ha - SENTE COMO DE DOIS MARTELOS BATEREM NO QUEIXO, UM CONTRA O OUTRO, CONTUNDINDO A CARNE.

 

Arnica montana sente a carne toda moída, machucada, como se tivesse levado uma surra de cacete.

 

138 Há - DOR NOS MÚSCULOS CERVICAIS, COMO SE A GRAVATA ESTIVESSE AMARRADA BEM APERTADA.

 

A palavra "amarrado" aparece em outros sintomas de Arnica montana. O paciente verbaliza muito "me sinto presa" como Conium maculatum.

 

140 Ha - A CABEÇA ESTÁ PESADA DEVIDO À UMA FRAQUEZA DOS MÚSCULOS CERVICAIS QUE ESTÃO TÃO FLÁCIDOS QUE ELA CAI FACILMENTE PARA UM LADO.

 

174 HA - QUANDO NÃO COME SENTE UM GOSTO DE OVO PODRE.

 

É um paciente que diz no consultório: estou arrotando ovo choco.

 

216 Ha-PRESSÃO DOLOROSA NA REGIÃO EPIGÁSTRICA TRANSVERSALMENTE, COM RESPIRAÇÃO APERTADA.

 

Aqui mais uma vez a ideia de amarrado.

 

237 Há - ALGUMAS HORAS DEPOIS DO JANTAR, APERTO E DISTENSÃO NO ABDÔMEM.

 

255 Há - GASES COM CHEIRO DE OVO PODRE.

 

Arnica montana sente no pólo negativo um traste, que não vale mais que um ovo choco. Não presta para nada, um ser inútil. No pólo positivo, Arnica montana se acha o cara mais inteligente, que tem o conhecimento, sabe das coisas. está em gallavardin.

 

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329 Ha - DEPOIS DE CHORO E LAMENTO, TOSSE NA CRIANÇA.

 

Em pediatria um sintoma como este ajuda a chegar ao simillimum

 

359 Ha - TODAS AS JUNTAS E CONEXÕES DOS OSSOS E CARTILAGENS PERTENCENTES À REGIÃO DO TÓRAX ESTÃO DOLOROSAS AO MOVIMENTO E À RESPIRAÇÃO COMO SE ESTIVESSEM CONTUNDIDAS.

 

Grita, chora na hora da tosse.

 

419 Há - Dor COMO SE FOSSE UM DESLOCAMENTO NO PUNHO, TÓRAX, COSTAS E QUADRIS.

 

Por isto se sente inútil. Não dá conta mais de fazer as atividades de casa, antes dava conta de tudo e ainda ajudava os de fora, agora já não dá conta de nada.

 

467 Há - INDESCRITÍVEL DOR NO PÉ AFETADO, COMO SE ESTIVESSE DEITADO SOBRE ALGUMA COISA DURA, QUE O IMPELE A COLOCÁ-LO ORA AQUI, ORA ALI. DEVE MOVIMENTAR-SE NA CAMA AO ANOITECER.

 

Arnica montana No pólo Negativo É Suave, Meigo, Muito Sensível E Vulnerável.

 

Tudo Pode Machucá-Lo, Chocá-Lo E Se Sente Fraco, Justamente Por Isto Defende Os Mais Fracos, Porque São Vulneráveis.

 

503 Há - SOBRESSALTOS E GOLPES (CHOQUES) NO CORPO, COMO SE FOSSE POR ELETRICIDADE.

 

A Paciente: Arnica Montana usa muito a palavra " chocado". "Isto me chocou". Arnica montana. Sonha com choque elétrico.

 

506 Há - AS DORES PIORAM POR FALAR, POR ASSOAR O NARIZ. PELO MOVIMENTO, E QUASE POR QUALQUER BARULHO.

 

515 Ha - TODOS OS MEMBROS ESTÃO AFETADOS, UMA ESPÉCIE DE DOR PARALISANTE DE TODAS AS JUNTAS, COMO SE ESTIVESSEM CONTUNDIDAS AO MOVIMENTAR.

 

519 HÁ - DORES EXTREMAMENTE VIOLENTAS, DE TAL FORMA QUE MUITOS RASPAM COM AS UNHAS AS PAREDES OU O CHÃO.

 

Só vi em hospital psiquiátrico, começam a fazer buracos nas paredes, no chão e podem não sentir dor. Estão esfolando a integridade das coisas à sua volta, lembrem-se do sonho de esfolar.

 

521 Há - DORES EM TODOS OS MEMBROS, COMO SE ESTIVESSEM CONTUNDIDOS, QUANDO ESTÁ EM REPOUSO E TAMBÉM EM MOVIMENTO.

 

523 Há - FADIGA EXTENUANTE, SENSAÇÃO DE CONTUSÃO QUE O COMPELE A DEITAR.

 

Arnica montana sente-se machucada e busca a cama e aí lembra de todo o trabalho que costuma fazer e pensa: sou inútil, não sirvo para nada. No pólo positivo, Arnica montana tende a dizer que está bem quando está um caco, quer sempre passar uma imagem de integridade.

 

535 Ha - PERDA GERAL DAS FORÇAS, IMAGINA QUE PODE MEXER COM UMA PERNA COM DIFICULDADE.

 

548 Há - SONHOS ASSUSTADORES COM CACHORROS E GATOS, GRANDES E PRETOS.

 

527 Ha - UM SONHO QUE PERMANECE POR VÁRIAS HORAS E QUE MOSTRA MUITA IRRESOLUÇÃO.

 

572 Ha - DURANTE O SONO À NOITE ACORDA COM UMA SENSAÇÃO DE CALOR NA CABEÇA, SEGUIDO POR ANSIEDADE. TEM MEDO QUE ESTES ATAQUES OCORRAM NOVAMENTE COM A MESMA SENSAÇÃO, E PENSA QUE VAI TER UM ATAQUE APOPLÉTICO.

 

Quer dizer AVC, isto pode levá-lo à uma paralisia. Não é raro Arnica montana dizer que sua cabeça está pegando fogo.

 

602 Ha - EBULIÇÃO DE SANGUE NA CABEÇA.

 

611 Ha - ASSUSTA-SE E SOBRESSALTA-SE POR BOBAGENS.

 

624 Há - HIPERSENSIBILIDADE DO HUMOR, EXTREMA INCLINAÇÃO PARA EMOÇÕES MENTAIS AGRADÁVEIS E DESAGRADÁVEIS. SEM FRAQUEZA OU HIPERSENSIBILIDADE DO CORPO.

 

618 Al - SENTE UMA CORDA APERTANDO A REGIÃO RENAL.

 

716 Al - SEM FIRMEZA NOS JOELHOS

 

796 Al - ERUPÇÃO NAS PALMAS DAS MÃOS QUE PROVOCA UMA COMPLETA ESFOLIAÇÃO DA PELE, MÃOS COM ASPECTO ESCAMOSO, A PELE ESTÁ RACHADA NAS DOBRAS.

 

Lembra o sonho da pele esfolada.

 

32-12 He -INFLAMAÇÃO ERISIPELATOSA DAS MÃOS, COBERTA DE VESÍCULAS GRANDE E PEQUENAS, PELE COM APARÊNCIA DE COURO DE RINOCERONTE

 

33-08 He - EQUIMOSES NO CORPO DEPOIS DE EMOÇÕES OU ESFORÇOS MENTAIS.

 

37-23 He - SONHA COM LADRÕES E ASSASSINOS, TAMBÉM SENDO ENTERRADO VIVO, SUFOCAÇÃO, ETC.

 

6 GALLAVARDIN - DESEJA SABER TUDO MELHOR QUE TODOS; NINGUÉM PODE LHE ENSINAR NADA. DESDENHOSO E COM TENDÊNCIA A DAR ORDENS.

 

"Eu sei tudo, ninguém tem nada para me ensinar". Num pólo é prepotente e no outro se sente inútil.

 

615 Há - ALEGRE E TAGARELA (SINTOMA CURATIVO)

 

Arnica montana no pólo positivo não só é alegre, como gosta de deixar os outros alegres.

 

2 Al - VIVACIDADE INCOMUM.

 

No pólo positivo Arnica montana alegra muito o ambiente, entusiasma todos.

 

623 Há - SUPEROCUPADO, COM INCLINAÇÃO E DISPOSIÇÃO PARA TRABALHOS LITERÁRIOS, GRANDES E CONTÍNUOS, SEM NENHUMA CAPACIDADE DE EXECUTÁ-LOS SEM QUE ESTRAGUE SUA SAÚDE.

 

630 Ha - CONTRADIZ, É DOGMÁTICA, NINGUÉM CONSEGUE AGRADÁ-LA

 

Dogmático, dono do saber, competente. Arnica montana é o dono do saber.

 

632 Ha - IRRITADO, QUER BRIGAR COM TODO MUNDO

 

Vocês viram uma santinha, boazinha, pulsatilesca, que de repente vira um bicho danado. Temos que estudar matéria médica assim, olhando os dois lados o tempo todo, a bipolaridade.

 

634 Há - INSOLÊNCIA, GROSSERIA, IMPERIOSA

 

614 Ha - HUMOR GROSSEIRO, COMO DEPOIS DE UMA BRIGA

 

É muito dócil num pólo, pode ser grosseiro no outro.

 

1-11 He - CLARIVIDÊNCIA, ACHA QUE SUA MORTE É INEVITÁVEL.

 

1-19 - He - DIZ QUE NÃO HÁ NADA COM ELE. FEBRE PÚTRIDA

 

O médico pergunta: Como está ? - Estou Bem, Não Tenho Nada. Arnica Montana Costuma Dizer: "Estou podre".

 

1-25 He - AVERSÃO À COMPAIXÃO

 

1-27 He - REZA TRANQUILAMENTE POR SUA ALMA

 

133 Al - OLHO DIREITO PROTUSO

 

No Repertório só consta COM na rubrica Protusão do Olho direito.

 

ASCLÉPIO (O ESCULÁPIO DOS LATINOS)

 

Era filho do deus Apolo e de uma mortal, Corônis. Temendo que o deus, eternamente jovem, por ser imortal, a abandonasse na velhice, uniu-se, embora grávida, a ísquis, que foi morto por Apolo.

 

Quanto ao corônis, foi liquidada a flechadas por Ártemis, a pedido do irmão. Mas, como acontecera a dionísio, o rebento, através de uma "cesariana umbilical", foi extraído do seio materno de corônis e recebeu o nome de Asclépio.

 

Foi educado pelo centauro Quirão a pedido do seu pai Apolo no aprazível e regenerador monte Pelion. Asclépio fez tais progressos na medicina, que chegou mesmo a ressuscitar vários mortos.

 

Com medo que a ordem do mundo fosse transtornada, a pedido de Plutão, Zeus fulminou-o, mas como héracles (hércules), asclépio foi divinizado.

 

Asclépio possuía vários filhos, entre os quais os dois médicos podalírio e macáon, que aparecem na Ilíada e as sempre jovens panacéia e higia. Como se vê, uma constelação em defesa da saúde: dois médicos, uma panaceia e uma higia, isto é, a própria saúde.

 

Fixando-se em epidauro, Asclépio, "o bom, o simples, o filantropismo", como lhe chamavam os gregos, desenvolveu ali uma verdadeira escola de medicina, cujos métodos eram sobretudo mágicos, mas cujo desenvolvimento (em alguns ângulos espantoso para a época) preparou o caminho para uma medicina bem mais científica nas mãos dos chamados asclepíades ou descendentes de asclépio, cuja figura mais célebre foi o grande Hhipócrates.

 

Como herói, que foi deificado, asclépio participa da natureza humana e da natureza divina, simbolizando a unidade indissolúvel que existe entre ambas, assim como o caminho que conduz de uma para a outra.

 

À entrada do recinto sagrado do antigo hierón do deus da "nooterapia", isto é, da cura pela mente, sobre a arquitrave de majestosos propileus, que formavam como um arco de triunfo, com duas fileiras de colunas de mármore, estava gravada a mensagem que sintetizava o grande segredo de suas "curas incríveis": puro deve ser aquele que entra no templo perfumado.

 

Pureza significa ter pensamentos sadios. Só havia cura total do corpo em epidauro, quando primeiro se curava a mente. Em outros termos, só existia cura, quando havia metánoia, ou seja, transformação de sentimentos.

 

Será que os sacerdotes de epidauro julgavam que as faltas, os erros provocavam problemas que levavam ao encucamento e este agente mórbido detonava as doenças? Procurava-se a todo custo que o homem através do "conhece-te a ti mesmo" acordasse para sua identidade real.

 

Os sacerdotes recomendavam sempre aos doentes que pensassem santamente, por isso estavam convencidos de que quando nossa mente se mantém em estado de pureza e harmonia, o físico torna-se, necessariamente, são e equilibrado. Não é outra coisa, aliás, o que prega Platão em seu banquete pelos lábios do médico-filósofo, erixímaco.

 

O equilíbrio biopsíquico é o fator básico, o medicamento de cura. ao nascer seu filho asclépio, que os romanos chamavam de esculápio, Apolo passou-lhe a atribuição de protetor da medicina.

 

Asclépio aconselhava os enfermos através de seus sacerdotes em epidauro. Ainda existe nesta cidade além de um templo, um museu em sua homenagem, alí estão conservados antigos instrumentos cirúrgicos e tabuinhas gravadas com fórmulas e receitas.

 

Roma estava assolada pela peste. Emissários de roma são enviados a epidauro para pedirem a asclépio que ponha um fim ao flagelo.

 

No navio os emissários se preparavam para regressar a roma, quando o próprio deus nele embarcou sob a forma de serpente.

 

Mal a embarcação chega ao rio tiber, a serpente rasteja para as águas e dirige-se para uma ilha. Alí é construído um templo, dedicado ao deus da saúde. todos os doentes para lá se dirigem e, passando a noite no templo, escutam as palavras de cura. Roma levanta-se e, sob a proteção do esculápio, a saúde faz renascer os homens.

 

O médico erixímaco, personagem da obra o banquete de Platão, explica por que a medicina é uma arte, estabelecendo paralelo entre sua atividade e a de um músico.

 

A saúde, diz ele, nada mais é senão o resultado do perfeito equilíbrio entre as diversas partes do corpo e da mente. ambos formam um todo indiviso, uniforme, e o bem-estar de um depende estreitamente da ordem do outro.

 

Cabe ao médico – assim como ao músico em sua composição – cuidar para que nesse todo não haja dissonâncias que comprometam a harmonia.

 

Casos Clínicos:

 

Caso I

 

Sexo Feminino, 49 Anos.

 

Labirintite, barulho de bichinho nos ouvidos. Pior estando de pé, andando, melhoro na cama.

 

Cefaleia por chorar e tristeza. Náuseas por ingestão de gordura. Desejo de doces. Sensação de algo fervendo na cabeça (chorando na consulta).

 

Compassiva. sinto-me incapaz. Ódio de injustiça. Quase morro quando não posso fazer nada. Medo de tudo, de enfrentar a vida.

 

Quando criança tinha medo de assombração. Medo de acidente, de desastres. Pioro sendo consolada. Sinto dolorimento no epigastro, não faço a digestão bem.

 

Comida pesada provoca peso no estômago. Me acho insegura, tímida, mas com injustiça falo o que tem que ser dito.

 

Fico irada, sinto ódio. Gosto de orégano e pimenta. Tenho gastrite erosiva. Sinto gosto de coisa padre na boca. Tudo que como me faz mal. Operei de cálculo na vesícula.

 

Preocupo-me com tudo, com doença na família. Decaí de vez com o problema do césio. Chorava por minha família em goiânia. Desligava a tv, não queria saber de comentários, da devastação do mundo, da ecologia. Como vai ser para os meus netos.

 

Sinto-me muito inútil ante estas coisas. vendo coisas, assim não sei como agir. tenho medo de chuva, de cobra. Me falta coragem, não sei por onde começar.

 

Estou perdida, minha mãe não me deixava eu ter um emprego, foi cortando minhas iniciativas. Nunca realizei nada dos meus planos.

 

Tenho vontade de viver pelos meus netos, quero vencer, mas sou tímida, medrosa, não consigo fazer nada diante de tanta coisa importante que tem que ser feita.

 

Fico me sentindo inútil, queria mas não agüento fazer nada. Tenho a sensação no epigastro de machucado, de ferido. Adoeço se me descontrolam emocionalmente. Só vivo em casa, fechada.

 

Meu marido não me deixou ir ao lançamento de um livro de uns parentes. Não tenho vontade própria, sou mandada pelo marido. Não tomo decisão alguma. Sou um nada (lembra Agnus Castus) . Não sou nada do que gostaria de ser.

 

Infância : lembranças doces, enquanto vivia com os meus avós. Eles tinham muito carinho pela gente. Quando meu pai se tornou alcoólatra minha mãe não me dava carinho, mais me protegia para ele não me bater.

 

Adormecia meu corpo à noite por medo de assombração. Tinha preocupação constante com meu pai quando ele não chegava na hora marcada e o encontrávamos caído pelas estradas.

 

Pergunto tudo ao meu marido, se posso e se não posso, mesmo que tenha certeza que vai dar certo. Gosto de estar mais isolada. No meio de muita gente sinto tonturas.

 

Eu queria ter liberdade, decisão própria. A separação do esposo foi o mesmo que tirar as muletas. Voltamos há 6 meses, quase morri quando passei um tempo com minha filha.

 

Ela lutou tanto e não foi feliz no casamento. O meu marido me proíbe de tudo. Tenho que obedecê-lo em tudo.

 

Cd: Arnica montana 200 ch.

 

Não sente mais tanta dor, menos indigestão e desapareceu o gosto ruim na boca. Perdi a inibição e o medo. Quando fiquei na rodoviária de São Paulo e não encontrei minha irmã, não fiquei apavorada como em outros tempos teria ficado. Estava alegre, tinha assunto para conversar.

 

Agora estou ficando trêmulo e com as carnes doendo. Sou explosiva quando me sinto acuada. Fico agressiva e grito quando meu marido não quer me entender.

 

Se não fosse o medicamento teria agüentado o meu genro. Não tive mais olheiras. Tenho medo de alguém tocar no meu estômago, fico me protegendo.

 

Mundo ideal : tenho procurado ter paz, me escondendo no mato, aonde ninguém vai. Recebendo energia positiva do dono das matas e das águas.

 

Tenho medo de entrar no mato porque fico meio em transe. Acordo de manhã, gosto de acordar com os passarinhos cantando, vacas berrando, acordo com outra disposição.

 

Um lugar onde a energia se identifica com a gente. Criação, plantação, pasto verde, bastante Água Clara.

 

Função : trabalhar na terra.

 

Saída : chocada, iria sofrer muito

 

Motivo: se destruísse aquilo, atacando pessoas indefesas. Não se deve matar. Agrediu a natureza ou as pessoas.

 

Justificativa: Por ignorância, por falta de conhecimento, de amor. (Gallavardin diz: quer saber de tudo).

 

Quando me ofendem sinto ódio por não ter dado uma resposta à altura.

C A S O II

 

Sexo Masculino, 34 Anos

 

Perdi a visão do olho direito por queratite epitelial de origem imunológica. Sofri depois de um acidente e perdi a visão do olho esquerdo. Recuperei com cortisona, mas a visão some quando diminuo o uso da cortisona local.

 

Tenho também polineuropatia craniana idiopática recorrente. Tenho gases depois das refeições, com dor no baixo ventre. não gosto de lugar com muita gente.

 

Prefiro morar na chácara. Tinha medo de ficar só, achava que iria morrer se ficasse só. Bastava a presença de uma criança para me sentir bem.

 

Houve desvio do olho direito para dentro, queda da pálpebra e protusão no início da doença. Tive hemorróidas quando criança.

 

Não podia com altura, sentia medo e tontura. Não olhava para a cisterna achando que iria cair lá dentro. Mania de querer ajudar os outros e de resolver os seus problemas (kali bichromicum tem se mostrado na clínica também com esta forte tendência para resolver o problema dos outros).

 

Com qualquer dorzinha fico nervoso. A dor vai me prendendo, vai me amarrando, chego a vomitar. Já tive até diarréia por dor. não passo nada do que estou sentindo.

 

Não gosto que alguém fique sabendo, sempre digo que estou bem. Acho que o positivismo pode ajudar. Quando estou passando mal fico preso, sem assunto.

 

Meu médico me ajuda muito com os exames. Há 12 anos tive caxumba, não dava valor à minha saúde. Tive orquite e a partir daí comecei a ter problemas.

 

Infância: era bem rebelde, sem maldade, brincalhão.

 

Tomava a frente nas aventuras. Montava nos animais, tinha medo de algo indefinido. Se eu olhasse para trás aumentava o medo.

 

Toda vida quis ser útil a alguma pessoa que precisasse de mim. Procuro ajudar sem olhar o passado da pessoa. Acordo às vezes me espreguiçando, levanto na marra, o corpo não quer.

 

Mundo ideal : paisagem verde, aberto, menos barulho, não gosto de lugar abafado. Gosto muito de animais, de cavalo, pato, adestrar cães. gosto de plantas, de tudo que diz respeito a natureza.

 

Sentir : o dia seria pequeno para mim.

 

Função: sempre ampliá-lo cada vez mais. Tenho quase todo tipo de animal na chácara. (Arnica montana gosta de cuidar, da natureza, dos outros, proteger no sentido de que não sejam machucados, até mesmo a grama para que não seja pisoteada. Se alguém está doente logo quer dar um chazinho.)

 

Saída : Um choque até me acostumar.

 

Motivo: Qualquer agressão à natureza ou às pessoas. Justificativa: Falta de conscientização. Falta de fé em Deus, desequilíbrio. Pessoas materialistas que só pensam em si (Arnica montana é tão altruísta quanto um Iodium).

 

Obs : a evolução foi muito favorável, parou de tomar cortisona.

 

 

CASO III

 

Sexo Feminino, 21 Anos.

 

Nunca batia (bater é uma agressão). Só apanhava, mesmo sendo a mais forte. As cobranças para que eu emagrecesse começaram cedo.

 

Quando estou nervosa o ato de mastigar me distrai. Fico com um chiclete na boca quando estou sem fazer nada. Às vezes não gosto de mim.

 

Às vezes me sinto bem. Procuro sempre ajudar às pessoas e me dedico demais a elas. Tenho rinite, bronquite asmática, geralmente me atacam quando sofro pressões, quando quero fazer uma coisa e me impedem. Procuro estar sempre bem humorada e amável.

 

Mundo ideal : gostoso, com pessoas agradáveis, sentindo-me em paz comigo.

 

Função : agradar as pessoas, servir da melhor maneira possível, procurando entender um pouco mais, ajudar.

 

Saída : quando a gente procura ajudar as pessoas e elas não acreditam e procuram diminuir a gente (Arnica montana servir, ajudar, mas não é para ser subserviente. Não é como pulsatilla que procura pertencer à alguém).

 

Perda : Nada. Não me aceitaram. procuraria fazer tudo de novo com outras pessoas.

 

Motivo : Um mal caráter (lembrem-se do sonho: conduta imoral)

 

Justificativa : Não tem. Pretendo não ser uma pessoa estática, parada, inútil, perdida nas situações. Procuro estar em atividade fazendo alguma coisa para não parecer inútil.

 

Comecei a trabalhar como gerente, não tinha capacidade para aquele lugar, fiquei perdida.

 

Não produzia nada, inútil, até pegar o ritmo de novo. Sou prestativa, sempre procuro dar um jeito.

 

Todo mundo que está doente me chama. Não gosto de atividade monótona.

 

Gosto de conviver com as pessoas de uma forma dinâmica, preciso me manter em atividade, me dá prazer.

 

Fico ressentida se maltrato. Se dou uma resposta azeda, sinto como uma martelada na minha consciência. Gosto de fazer o que sei e se não sei me sinto inútil. (Junte o sintoma 1- 46 do Hering com o 6 do Gallavardin).

 

Referências Bibliográficas:

 

  • Allen, T. F., "Encyclopedia of Pure Materia Medica", New York/Philadelphia, Boericke & Tafel, 1879.
  • Clarke, J. H., "Dicionário de Matéria Médica Homeopática", Vol. I, São Paulo, 1998.
  • Hahnemann, S., "Materia Medica Pura", translated by Tafel, Annotations by Hughes, Jain Publishing, 1986.
  • Hahnemann, S., "Chronic Diseases", translated by Tafel, Annotations by Hughes, Jain Publishing, 1986.
  • Hering, C., "Guiding Symptoms of Our Materia Medica", Philadelphia 1879-1891.
  • Kent, J. T., "Lectures on Homoeophathic Materia Medica", New Delhi, 1921.

Vijnosvsky, B., Tratado de Matéria Médica Homeopática, Vol. I, Rio de Janeiro, 1998.