Malária: da Transmissão, Sintomas, Prevenção e Tratamento

Malária: da Transmissão, Sintomas, Prevenção e Tratamento

A malária é causada pela infecção por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos através da picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles.

 

Qual é o agente causador da malária?

Existem cinco espécies de Plasmodium que afetam os seres humanos, sendo as mais comuns P. falciparum, P. vivax, P. ovale, P. malariae e P. knowlesi. A P. falciparum é responsável pela maioria dos casos graves e mortes por malária.

 mosquito transmissor da malária

Como é transmitida a malária?

Quando uma pessoa é picada por um mosquito infectado, os parasitas entram na corrente sanguínea e migram para o fígado. No fígado, os parasitas se reproduzem e invadem as células hepáticas.

 

Após um período de incubação que varia de 7 a 30 dias, dependendo da espécie do Plasmodium, os parasitas são liberados no sangue e começam a infectar os glóbulos vermelhos.

 

Ciclo da Malária

À medida que os parasitas invadem os glóbulos vermelhos, eles se multiplicam e causam a ruptura dessas células, liberando mais parasitas no sangue e levando a um ciclo vicioso de infecção e destruição dos glóbulos vermelhos. Isso resulta em anemia e redução na capacidade de transporte de oxigênio no sangue.

 ciclo da mlaria

 

Os sintomas da malária incluem

Os sintomas da malária incluem febre alta, calafrios, dores de cabeça, dores musculares, cansaço, náuseas, vômitos e diarreia.

malaria sintomas

Os sintomas geralmente ocorrem em ciclos, alternando períodos de febre e calafrios com períodos sem sintomas. Nos casos de malária causada por P. falciparum, os sintomas podem se tornar graves e levar a complicações como anemia grave, insuficiência renal, insuficiência respiratória, convulsões, coma e morte.

 

Malária: Tempo de Infecção até o Óbito

O tempo entre a infecção e o óbito varia dependendo de diversos fatores, como a espécie do parasita, a idade e o estado de saúde da pessoa infectada e o acesso a tratamento adequado.

 

Nos casos de malária causada por P. falciparum, se não tratada, a doença pode progredir rapidamente e levar à morte em questão de horas ou dias. Para outras espécies de Plasmodium, a evolução da doença geralmente é mais lenta, mas ainda assim pode levar a complicações graves e óbito se não tratada adequadamente.

 

É importante destacar que a malária é uma doença tratável e potencialmente curável. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado com medicamentos antimaláricos são cruciais para evitar complicações e reduzir o risco de morte.

Além disso, medidas preventivas, como o uso de mosquiteiros tratados com inseticidas e a adoção de práticas de higiene pessoal, são fundamentais para reduzir a exposição aos mosquitos infectados e a transmissão da doença.

 

Descobrimento do Parasita da Malária: Charles Alphonse Laveran

charles alphonse laveran


A malária tem uma longa história, com relatos de sintomas semelhantes datando do Egito Antigo e da Grécia Clássica. No entanto, foi somente em 1880 que o médico francês Charles Alphonse Laveran identificou o parasita Plasmodium como o agente causador da doença.

 

Em 1897, o cientista britânico Ronald Ross descobriu que a doença era transmitida pela picada de mosquitos Anopheles.

 ronald ross

 

Malária: Medicinas alternativas no Tratamento 


Ao longo da história, várias terapias e medicinas alternativas têm sido usadas para tratar a malária. A casca da árvore Cinchona, rica em quinina, é um dos tratamentos mais antigos e eficazes.

A quinina foi isolada pela primeira vez no início do século XIX e é utilizada até hoje como um medicamento antimalárico.

 

Literalmente, a Homeopatia nasceu por causa da Malária

Além disso, a casca de quina tem um papel importante na história da homeopatia, pois foi o estudo dessa substância que levou Samuel Hahnemann, o fundador da homeopatia, a desenvolver o princípio "similia similibus curentur" (o semelhante cura o semelhante).

 

Outros tratamentos tradicionais incluem o uso de plantas medicinais como a Artemisia annua, cujo princípio ativo, a artemisinina, tem sido explorado como uma poderosa droga antimalárica.

 

Situação da malária no mundo


Embora tenha havido progressos significativos no combate à malária nas últimas décadas, a doença ainda é um problema de saúde pública em muitos países.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, houve cerca de 241 milhões de casos de malária e 627.000 mortes em todo o mundo, a maioria na África Subsaariana.

 

Combate a Malária: Estratégias

mosquiteiro para janela

O combate à malária inclui estratégias como o uso de mosquiteiros tratados com inseticidas, controle ambiental para reduzir a população de mosquitos, diagnóstico rápido e tratamento adequado com medicamentos antimaláricos.

inseticida 

 

Além disso, há um esforço global para desenvolver uma vacina eficaz contra a malária. A vacina RTS, S/AS01, também conhecida como Mosquirix, foi a primeira a receber aprovação regulatória e está sendo usada em alguns programas de imunização na África.

 

Apesar dos avanços no combate à doença, a malária ainda é uma preocupação global, com a necessidade de melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento, especialmente em regiões onde a doença é endêmica e os recursos para combater a doença são limitados.

A pesquisa e o desenvolvimento de novas estratégias para o controle da malária continuam sendo cruciais, especialmente diante do aumento da resistência aos medicamentos antimaláricos e aos inseticidas usados no combate aos mosquitos transmissores.

 

Educação e conscientização da população afetada são fatores importantes para o controle da malária. Ensinar as pessoas a reconhecerem os sintomas da doença e a buscarem tratamento adequado o mais rápido possível é fundamental para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à malária.

 

Além disso, informar a população sobre medidas preventivas, como a importância do uso de mosquiteiros tratados com inseticida, eliminação de criadouros de mosquitos e a adoção de práticas de higiene pessoal, pode contribuir para a redução da transmissão da doença.

 

matando o mosquito

 

A cooperação internacional e o apoio financeiro são fundamentais para ajudar os países afetados no combate à malária.

Organizações como o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária, a Iniciativa Presidencial dos Estados Unidos contra a Malária e a Aliança Roll Back Malaria são alguns exemplos de iniciativas que têm contribuído para o financiamento e a implementação de programas de controle da malária em diversos países.

 

Outra área promissora na luta contra a malária é o desenvolvimento de novas tecnologias e abordagens para controlar a população de mosquitos transmissores.

 

Uma dessas abordagens é a modificação genética dos mosquitos, que visa reduzir sua capacidade de transmitir o parasita Plasmodium. Essas técnicas, no entanto, ainda estão em fase de pesquisa e devem ser cuidadosamente avaliadas antes de serem implementadas em larga escala.

 

Em resumo, o combate à malária exige uma abordagem multifacetada, envolvendo a prevenção, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado, a pesquisa e desenvolvimento de novas estratégias, a educação da população e a cooperação internacional.

 

Apenas com a combinação desses esforços será possível reduzir significativamente o impacto da malária na saúde pública e avançar em direção à erradicação dessa doença.